quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

E Que Venha 2OO9 Com Muita Festa.

Pois é, estamos com apenas algumas poucos horas restando de 2OO8. Mas peloamordeDeus, minha gente! Nada de tristeza (mas stênio, quem disse que estão todos tristes? rs). É ninguém disse isso, mas é que a despedida dá idéia de tristeza. Mas por favor, hoje não tem essa, não desta vez.

Como diz o velho sábio: ano novo, vida nova. É hora de esquecer todas aquelas vezes que afundamos os pés nas jacas desse ano. É hora de recomeçar. De mudar - pra melhor, sempre. Mas não deixe para fazer isso agora. Porque essa noite pede festa. Celebração. Comemoração. Nada de pensar no velho. Nessa noite se liberte de tudo, seja apenas feliz, para começar um ano novo com tudo. Deixe para pensar nos seus objetivos apenas amanhã, dia 01 de janeiro de 2OO9 (uuuh, mas já é 2OO9? rs).

É posso dizer que apesar de alguns prós, 2OO8 foi um ano bastante agradável. Calmo. Amigável. Cresci em muitos aspectos e identifiquei alguns defeitos à tempo - de serem corrigidos. E com esse blog, com 19 postagens ao total - foi pouco, mas vou melhorar em ano que vem, só melhorar - que eu desejo meus sinceros votos à você que teve saco e paciência de lê-lo todas as vezes de eu pedi (risos). Muito obrigado, de coração. E…


...UM FELIZ 2OO9 PARA VOCÊ!


"Wah-ho / Wah-ho / Wah-ho / Celebration good times, come on / It's a celebration / Celebration good times, come on / Let's celebrate."

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Relax, Take It Easy - A Música de 2OO8

Seu nome é Mica Penniman, porém sua íntima relação com a música internacional nos permitem chama-lo simplesmente de: MIKA. Esse tal libanês (residente em Londres) de 25 anos, é o ‘culpado’ por um dos meus maiores - se não o maior - vicios de 2OO8.

Relax (Take It Easy) foi a música que eu mais escutei durante todo o ano - no mínimo, eu escutava umas três vezes por dia. E nada mais justo que falar sobre essa maravilhosa música - pra mim - nesse encerramento de ano. Então, vamos lá...

# Relaxe com a Música: bem, a música se inicia calma, com apenas alguns leves acordes de piano. Mas ao decorrer, a música se torna mais intensa. Vai tomando mais velocidade. Outros instrumentos vão ganhando seu espaço na tal melodia. Os falsetes (a voz aguda) de Mika e o refrão “pegajoso” (relax, take it eee-eee-easy) são marcantes na música. Rica em minuciosos detalhes sonoros, cuidadosamente selecionados, transformam Relax (Take It Easy) numa das pouquíssimas musicas de Eelectro-Pop de bom gosto. Por ser tranquila, dançante e acima de tudo, feliz.

# Relaxe com o Clipe: então, o clipe de Relax é uma verdadeira festa - assim como todos os outros vídeo-clipes do Mika. Ao meu ver, o clipe é como se fosse um sonho. Um sonho onde todas as situações possíveis e desejáveis se misturam com o irreal. Onde o mundo o faz-de-conta assume um papel de destaque num dos momentos mais íntimos de cada um de nós: o sonho. Luzes coloridas sempre em alerta. Barcos voando. Explosões de realidade acontecem frequentemente e levam alguns personagens de um lugar para o outro dentro do vídeo. Aaah, e toda sua elaboração em computação gráfica, deu um toque especial a esse mundo do “irreal”, da incerteza.



Nota: o Life In Cartoon Motion, lançado em 2OO7, foi o primeiro álbum do Mika. Contendo dez faixas e três faixas bônus. O álbum contou com seis singles (bem sucedidos, diga-se de passagem), que foram eles: Grace Kelly, Love Today, Relax (Take It Easy), Big Girl (You Are Beautiful), Happy Ending e Lillipop. Dando destaque para “Grace Kelly”, que no ano passado foi a segunda música que teve o maior número de downloads pagos em Londres - perdendo somento para Rehab da Amy Winehouse. O Life In Cartoon Motion é um álbum com uma mistura de glam-rock, pop, electro e música erudita (sim, isso mesmo). Sendo assim, posso dizer que é um CD bastante completo.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

O Sexo e A Cidade.

Há muitos que irão discordar de mim. Irão dizer que foi “O Batman”, mas eu defendo que Sex And The City foi o filme mais aguardado do ano de 2008. E se você me perguntar o porquê da minha afirmação eu te direi: pelo simples fato de Sex And The City ter sido uma série norte-americana de altíssimo sucesso e de seus fãs - fieis - terem aguardado por tanto tempo uma continuação da 6° temporada (que é o filme).

Vão dizer que Sex And The City é só mais uma série “feminina” que tem um fabuloso desfile de roupas e sapatos das mais famosas grifes do mundo. Mas não! Está bem enganado quem pensa assim.

Sex And The City fala de uma forma cômica a vida sexual dos habitantes de grandes centros urbanos (usando como exemplo: Nova York). Porém, fala muito mais do que o sexo em si. Fala de relacionamentos. E não somente os amorosos (porém, principalmente os amorosos), fala de amizade, uma marca mais que registrada da série, que é mostrada na fiel relação entre Carrie, Charlotte, Miranda e Samantha.

Ao ver a série (ou até mesmo o filme) é impossível não se identificar em algum dos círculos abordados. Assuntos um tanto… banais, mas que na realidade, são muito mais difíceis de se resolver. Pois quando o assunto é sentimento, existem inúmeros conselhos de amigos, inúmeras explicações de psicólogos, blablablá; mas somente uma pessoa pode resolve-los: nós mesmos.

Quando se vê de fora, tudo parece fácil. Ou quem vive, aparenta ser fácil. Mas se fosse tão fácil assim, não existiriam tantos divãs, tantas depressões, tanto rancor, tanto fechamento de espírito. Problemas amoroso não são exclusivos para os adolescentes. São para todos aqueles que amam e que estão dispostos a correr o risco de ter uma felicidade ao lado de alguém especial.

Não tenha vergonha dos seus problemas, eles existem para serem superados. Não se esconda dos seus problemas. E saiba que é no amor que você tem por si e no amor que os seus amigos tem por você, é onde irá aparecer o conforto, a aceitação e a resolução de tudo. Um brinde à vida. Um brinde às amizades.



"Mais tarde, eu fiquei pensando sobre relacionamentos. Existem aqueles que te abrem para algo novo e exótico. Aqueles que são antigos e familiares. Aqueles que te põe inúmeras dúvidas. Aqueles que te levam para um lugar inesperado. Aqueles que te levam para longe de onde você começou. E aqueles que te trazem de volta. Mas o melhor, o mas desafiador e significante relacionamento de todos, é aquele que você tem com você mesmo. E se você achar alguém para amar o 'você' que você ama, isso é fabuloso!"
(Carrie Bradshaw - Sex And The City)



Nota: Graças a Deus meu bloqueio criativo se foi :D

domingo, 28 de dezembro de 2008

Um Certo Transtorno - Post Informativo.

Infelizmente o blog se encontra parado por um tempo. Isso acontece por causa do meu bloqueio criativo causado pela acomodação das férias - coisa contraditória, pois agora é que estou tendo mais tempo de pensar; ler; assistir mais filmes; sair; viver.

Mas é isso. Uma hora ou outra, volta tudo ao normal (e assim seja feita a vossa vontade, amém!). Tenha um ótimo dia :D


quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Então... É Natal.





[ Feliz Natal & Boas Festas. ]




quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Já Ouvi Falar...

Já ouvi falar no quanto eu cresci. No dia em que comecei a andar. Nas minhas primeiras quedas. Nas inoscentes risadas. Nas primeiras paravras ditas. Nas primeiras leituras...
Aquele mundo parecia ser bem maior do que é hoje. E tudo nele, ainda precisava ser descoberto.

Já ouvi falar que os tempos não são mais os mesmos. Que os preços e a individualidade cresceram absurdamente. E que a tolerância, a educação e o toque de bom humor, são itens em falta nas prateleiras.

Já ouvi falar que a juventude foi bem mais entendida. Mais libertadora. Mais sincera. Mais comprometida. Que ela sabia exatamente onde iria pisar, mas não havia motivos para acelerar os passos.

Já ouvi falar em paixões avassaladoras - particularmente acho que hoje elas estão meio fora de moda. Essa tal paixão, é aquela que quando surge, parece resolver todos os seus problemas - ou criar novos. Te faz sorrir do nada, porém com uma único motivo: a felicidade; a sua e a do próximo. As vezes ela também te faz chorar. Pensar. Escrever. Gritar. Silenciar. Falar. Pegar o telefone, agir.

Já ouvi falar também que um dia tudo acaba. E se Deus quiser, que tudo acabe bem.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

A música de hoje: o futuro de amanhã.

Estava eu, hoje, fazendo uma simbólica limpeza no meu quarto. Após varrer, e tirar o pó da escrivaninha, estantes, livros e brinquedos (sim, essa é uma parte da minha infância que ainda resiste), eu chego finalmente nas divisórias dos CDs. Enquanto limpava, eu tive um certo lapso nostálgico: fiquei vendo - e até ouvindo - alguns álbuns que eu costumava escutar quando tinha 9, 10, 12, (…) anos.

Bem, quando eu era criança, lembro que se tocava muita porcaria. Muita mesmo. Mas nada comparado com hoje. É incrível como o propósito da música mudou tanto dos anos 70 pra cá (não que eu tenha nascido nessa época).

Nos anos 70 e 80, a música não era apenas um mero comercio. Era muito mais que isso. Eram idéias. Eram protestos. Eram motivações para dias melhores. Eram propósitos. Hoje, a tal banalização do sexo e o ato de propagar besteiras nas letras, fizeram a música (uma parte dela) perder um dos seus principais valores: o valor histórico.

Agora vamos fazer uma certa comparação. Hoje as pessoas têm objetivos e sonhos meramente medíocres. Sonhos que não passam de: ter uma casa, um carro, fazer uma viagem para tal país e ter uma vida confortável (onde eu quero chegar com tudo isso? Calma, tem um propósito, juro).

Não que isso não seja importante, pelo contrario. Porém a vida é tão curta. Antes de nossa existência ( decada um de nós, em particular) não havia nada, e depois que morrermos só Deus sabe o que virá. Então, esse espaço de tempo que ficamos na Terra é muito passageiro, e é apenas isso que queremos: uma casa, um carro, uma viagem, etc? É apenas isso que você pretende ter construído? Ter deixado? É só isso que sua vida merece?

Vamos, faça um pequeno exercício: feche os olhos e tente se lembrar de todos os valores e princípios que regem a sua vida. Certamente, dentro deles estão contidos os seus reais sonhos.

Não importa qual idade você tenha hoje, mas não deixe que seu futuro seja construído apenas com sonhos miseráveis.

Queira mais para si (como pessoa, como espírito e não como mais um consumidor na nossa sociedade). Não queira que a sua história seja tão vazia quanto as letras das músicas do século XXI.


As boas lembranças, por menores que sejam, resistem muito mais tempo do que as cansadas paredes de uma luxuosa mansão.”
(S. de Silva)

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Não Importa!

"Não importa o que falam de você. Ignore! Faça o que tem que fazer. Só importa o que o coração disser. Não dê bola, seja sempre mais você. Então não deixe ninguém ser você. Não deixe não ninguém te convencer. Não vá desistir do amor. Guerra é aprender. Quem um dia não errou, ou não pecou: que atire a primeira pedra, por favor. Realize os seus desejos e não vá prejudicar. O que será seu ninguém tirará. Para ser perdoada aprenda a perdoar. E se for perdoado a vitória vai chegar." (Namastê)

sábado, 29 de novembro de 2008

Como se pode amar assim…? Como?

Como se pode amar alguém que te trata como um ser humano perfeito? Sem lhe permitir ter anseios, sentimentos de culpa. Perda.

Sem estar preparado para aquele momento repentino de algumas risadas frenéticas. Sem o menor motivo. Ou com motivo: o de apenas não ter medo. Não ter medo de se descobrir feliz do jeito que é.

Sem permitir brigas, desequilíbrios, fugas, mágoas. Desculpas. Voltas. Repetições, surpresas. Sem permitir ser diferente. Único. Sem permitir ter defeitos, manias. Sem se permitir amar aquilo que não conhecia. Ou não gostava. Ou simplesmente achava mais prático evitar.

Como se pode amar alguém que te trata como uma pessoa normal? Sem se deixar surpreender a cada dia. Descobrir-se. Renovar o amor. Encontrar pontos novos.

Sem estar pronto para descobrir aquela pessoa que está escondida em seu âmago. Aquela pessoa especial demais para que todos a conheçam.

Como se pode amar alguém que não entende seus sentimentos com apenas um olhar?
Como? Como?… COMO?

Como se pode amar alguém que te vê sendo apenas mais um no mundo? Sem diferenças; sem exclusividades; sem particularidades.

Como se pode amar assim…? Como?

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Vestibular: uma prova de amizade.

Exatamente ontem, acabou uma verdadeira maratona - o vestibular da UFRN. Uma maratona que durou três longos, ansiosos e tensos dias. Mas se engana quem pensa que o vestibular começa no domingo e acaba na terça-feira. Para mim o vestibular começa quando se tem a notícia que é um aluno está no pré ou quando temos o primeiro dia de aula num curso preparatório, e só acaba quando a euforia de um resultado negativo ou positivo passa…

Para mim, esse vestibular foi diferente. Mais significativo. Deixando de lado toda a questão de “lutar por uma vaga na federal e vencer na vida”, mas quero destacar hoje um outro lado do vestibular: a união. Alguns podem pensar que isso não exista, pois estamos todos lá cercados de concorrentes. Eles expõem suas camisetas de cursinhos de nome, posando caras cheias de confiança (quando na verdade, a sensação de borboletas no estômago ainda persiste) e inventando números absurdos para intimidar quem está ouvindo de curioso. Mas acredite, há união sim!

Sempre tive medo de vestibular. Não das provas, mas do ambiente. Mas esse ano me senti mais seguro, tive companhias e momentos que certamente ficarão registrados (seja qual for o resultado que a UFRN irá me dar).

Quando você se sente nervoso e olha para o seu lado direito, vê aquele sorriso amigo, uma mão segurando a sua e aquelas simples (e clichês) palavras que parecem perfeitas para o momento: “- Calma. Vai dar tudo certo”, e você tem a certeza que nunca está só. Que há alguém que torce e acredita em você, até mais do você mesmo. E isso, certamente, é muito bom. É único. É verdadeiro.

As conversas no caminho, as risadas, os comentários sobre as questões, as ligações durante à tarde e a noite, os planos pós-vestibular. Tudo foi bastante agradável. Me senti mais calmo. Mais confiante.

E então... viva as nossas amizades. Porquê sem elas ninguém consegue se fortalecer a cada dia.

Lívia, obrigado por tudo. Te amo, você sabe disso!

sábado, 22 de novembro de 2008

Poupe-me de tais clichês.


Era uma vez… / Olá, tudo bom? / Não é possível, isso só acontece comigo! / Bom dia (do tipo “forçado”). / Aaaff, preciso perder 10kg. / Ninguém me ama, ninguém me quer. / Eu te ligo amanhã, combinando? Prometo! / Se ele é bonito? Sim, sim. É bastante simpático sim. / Eu te amo. / Eu nunca vou conseguir. / Put@ que pari*. / A gente marcar qualquer dia desses, certo? / Hoje você está tão linda. Me perdoa? / Pelo amor de Deus. / Até ela tem namorado e eu não? / Eita Porr@ / Não vamos perder o contato. / Não conheço, mas já ouvi falar. / E então, viveram felizes para sempre. / Fim.


Tente passar um dia inteiro sendo apenas você. Sem ouvir ou dizer: mentiras, absurdos, clichês. E então, tudo parecerá mais suportável. Mais leve. Aturavel. E ao se olhar, poder se reconhecer.

Tenha um excelente dia.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Doidas & Santas (Livro) - Martha Medeiros

Quarta-feira passada (12/11) estava sentindo uma necessidade imensa de ler alguma coisa. Mas não era qualquer coisa, eu queria um livro.

[em off]:
Há quem prefira baixar e-books. Eles tem o mesmo conteúdo e não custam nada. Porém, nesse ponto eu sou careta. Só gosto de textos em matéria física palpável. Livros. O prazer de folhear as páginas, o cheiro de tinta fresca impressa, o contato físico entre eu e o livro… me proporciona uma química excepcional, se tornando muito mais real do que a ficção ilusória lá para me seduzir. Ainda prezo e aprecio muito esse meu pequeno prazer.

Enfim, quando estava na livraria Potty Livros (acho o ambiente propicio para boas escolhas) garimpando algo para ler (após 01h13min. e incomodar muito a lojista), achei exatamente aquilo que eu estava querendo.

Para falar a verdade, o que chamou a minha atenção foi a capa do livro (onde tem uma pin-up. Gosto muito delas) e seu respectivo título (Doidas e Santas).

A principio, fiquei um pouco receoso de não gostar do livro. Mas não foi o que aconteceu. Ela superou minhas expectativas, e se tornou no melhor dos nove (09) livros que li nesse ano (e ainda pretendo ler mais dois até o fim de dezembro).

Doidas e Santas, de Martha Medeiros, é um livro com uma junção de várias crônicas que ela escrevia para uma coluna em um jornal paulista. Crônicas essas que abordam temas variados. Textos curtos. Palavras reflexivas e uma linguagem única de escrever (transformando a leitura muito prazerosa). Suas analises inteligentes sobre assuntos considerados banais fazem do livro uma experiência bastante agradável.

Esse é um livro mais que recomendado para fazer companhia à sua cabeceira. Ele te dará o prazer de extrair o melhor dos pensamentos, nos momentos antes de se desligar do mundo e sonhar.


A cima, tem um dos textos (scaniado) que mais gosto do livro. Para lê-lo basta clicar na imagem que ela aparecerá em tamanho real. Aproveite.

Novos Assuntos. Nova Roupagem.

Escrever tais criticas sobre cinema estava me agradando, mas eu vi que essa limitação apenas aos filmes não estavam me satisfazendo tanto. Comecei a sentir necessidade de escrever sobre outras coisas. Assuntos variados. Misturar. Não comentar apenas um ou dois assuntos, mas sim todas as coisas que são possíveis de se descrever. Por isso mudei o endereço e o “título” do blog. Para se tornar algo mais “pessoal” e abrangente.

Continuarei aqui a falar sobre filmes, mas também sobre músicas que estou ouvindo (ou que esteja se ouvindo muito mundo à fora); livros que li; casos consideráveis como bestas, ou não, do dia-a-dia; sensacionalismos da mídia – futilidades das celebridades (porquê não?); etc. Ou seja, o assunto que eu achar pertinente.

No mais, é isso. Aguarde as próximas postagens e opine sobre o que quiser, se quiser.

Abraços, Stênio de Silva.

sábado, 8 de novembro de 2008

Tudo Acontece em Elizabethown (Romance)

Você já se sentiu fracassado alguma vez na sua vida? Fez alguma besteira muito grande – preste bem atenção, eu digo muito grande – no trabalho, na faculdade, na escola? E ainda por cima recebeu aquele pé na bunda da pessoa que amava? Provavelmente não, né? Mas alguma dessas duas já, ou até mesmo as duas, porém não no mesmo dia. Bem, agora você deve estar pensando: “E o que isso tem haver com a resenha?”, pois eu te digo: É assim que ‘Tudo Acontece em Elizabethown” começa.

Um rapaz consegue se tornar bem-sucedido muito jovem. Porém, seu novo projeto (que havia custado milhões) numa indústria de tênis foi um tremendo fracasso e levou a indústria ao prejuízo. E dentro desse nosso mundo competitivo, fracassar é algo inaceitável, sendo assim, Drew Baylor (Orlando Bloom) decidi cometer suicido, mas durante tal ato, ele é interrompido por um telefonema de sua irmã dizendo a ele que seu pai faleceu e que ele deve ir à Elizabethtow buscar o corpo do pai. Durante a viagem, ele conhece Claire Colburn (Kirsten Dunst), que o consegue fazer esquecer das regras medíocres e egoístas de nossa sociedade, transformando isso num interessante romance.

Elizabethtow é um bom filme, mas poderia ter sido bem melhor, se não fosse por ser um tanto cansativo de se assistir – não sei se achei isso por vê-lo sozinho – e pelo filme tem um elenco muito ruim, começando pelo Orlando Bloom, que causa tédio durante todo o filme, principalmente na hora que ele iria cometer suicídio, ele encenava como se aquilo que ele iria fazer pudesse concertar em 5 min.
Agora quem me surpreendeu foi a Kirsten Dusnt. Apesar daquela sua cara morbida e inexpressiva que costuma pôr nos filmes e de seus dois dentes de vampiro, ela conseguiu emprestar a sua personagem alguns sorrisos e algumas expressões convincentes. Já assisti todos os seus filmes, e posso dizer que apenas nesse e em “Maria Antonieta” foi que ela teve uma atuação respeitável.

Mas como eu havia dito antes, se é que você se lembra, o filme não é ruim. Seu roteiro é muito bom – apesar to fato de não haver nenhum conflito no filme, o que faz todo mundo ser bonzinho no filme e ter um final um tanto… previsível – e contém cenas fantásticas. Citarei dois exemplos, as cenas que mais gosto no filme. Uma é quando Drew e Claire passam horas no telefone, conversam sobre tudo, sem ao menos se conhecerem direito, mas aquela sensação e intimidade e de afeto faz a pessoa ver o quanto uma coisa simples como conversa agradável com a pessoa certa é tão bom, a liberdade que se tem para falar o que quer sem ser julgado ou ser colocado a provas que geralmente somos colocados no dia-a-dia.
Outra cena que gosto muito, é o momento que Drew pega o carro e vai fazer uma pequena viagem por aí à fora com as cinzas do seu pai, acompanhado de um CD com músicas incríveis, um cenário perfeito e de anotações feitas pela Claire de lugares para se visitar.

Ah, já ia me esquecendo. Por falar em “acompanhado de um CD com músicas incríveis”, deve ressaltar que o filme também é salvo por uma trilha sonora impecável. Com alguns belíssimos clássicos do Rock ‘n’ Roll e do Folk americano.
No mais, assista “Tudo Acontece em Elizabethtown”. Tem uma bela história reflexiva e cenas muito boas, que nos inspiram a fazer o mesmo.

domingo, 19 de outubro de 2008

Finais felizes: qual a razão?

Hoje fui ao cinema ver uma comédia romântica super idiota (Amigos, Amigos, Mulheres à Parte). No filme, o cara que era um verdadeiro imbecil, acaba percebendo os erros que cometeu, vira uma pessoa melhor e termina ficando com a garota “perfeita”. Então eu penso: "- Porquê insistem em fazer finais felizes? Apenas para vender?" Ainda mais quando esses finais felizes nem sempre condizem com a nossa realidade, já que nossas condições sociais nos inibem de fazer algumas coisas. Pobres não podem fazer tudo que querem e nem ricos podem fazer tudo aquilo que desejam. A sociedade sempre nos cobra posições a serem preenchidas e esperam que devemos cumpri-las da melhor forma possível.

Para ser sincero, não gosto muito de finais felizes, gosto de finais possíveis - sejam eles bons ou ruins. Até porquê, não acho que a vida de ninguém tenha apenas um final. Vejo a vida como um certo festival de cinema (sim eu sei, isso é um tanto idiota, mas me deixe explicar...), pois cada fase de nossa vida há uma história acontecendo. Essas histórias acabam, algumas merecem uma continuidade outras não, mas o fato é que: passamos por todos os tipos de experiências (as vezes), e não é sempre que escolhemos o que queremos enfrentar.

Então porquê fazer filmes com finais ilusórios? Se for com finalidade de encorajar as pessoas a enfrentarem situações difíceis, tudo bem, mas se for para fazer as pessoas sonharem com o que não condiz com sua realidade, insistir em um erro e deixar de construir sua vida, isso é uma tremenda falta de caráter.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Antes do Amanhecer (Romance)

Desilusões amorosas. É inevitável que essas dolorosas experiências não preencham alguns momentos de nossas vidas, assim como quando se é criança e não suportar a dor e o transtorno de uma experiência nova que é a de perder um simples dente de leite. Não sei você, mas eu me senti bem desesperado quando vi aquele grande fluxo de sangue saindo e um buraco na frente do meu sorriso, achei que ficaria daquele jeito para sempre, que nem o homem do saco. Mas voltando ao assunto “desilusões amorosas”, sempre que me deparo com isso, em primeiro instante eu penso que não nasci pro amor, que nunca vou encontrar alguém que goste realmente de mim, blá, blá, blá. Mas logo depois que toda a tormenta passa, eu penso numa teoria que tenho “- O mundo certamente é bem maior do que os números indicam e muito maior do que imaginamos. Será que entre milhões, biliões, triliões de pessoas não exista uma se quer que seja minha 'alma gêmea'? Que eu a satisfaça e que ela me complete? Não aqui, na minha cidade, no meu estado, país ou continente, mas em algum lugar do mundo…

E foi exatamente essa minha teoria que eu vi no roteiro do filme “Antes do Amanhecer”. A sinopse é a seguinte: um americano, em seu último dia de viagem na Europa, conhece uma francesa em um trem. Após um gostoso papo no interior da locomotiva, a jovem Celine aceita um convite para passear com Jesse (esse é o nome do americano) por Viena e faze-lo companhia no dia que o separa do retorno aos EUA. Durante as andanças do casal, eles acabam por descobrir no outro o amor de suas vidas, mas eles só têm menos de 24 horas para ficarem juntos. O que lhes resta então é apenas aproveitar este dia (e esta noite), como se fosse o último de suas vidas.

Se após ler esta sinopse você chegar a conclusão “Nossa, que coisa boba, é só uma história de amor à primeira vista”, você estará coberto de razão. Antes do Amanhecer não é nenhuma história cult sobre uma relação conturbada de um casal em meio do caos de nossa sociedade, definitivamente não. Mas posso definir o filme em uma só palavra: simplicidade. A simplicidade é tratada como uma paixão entre dois jovens. Porém é aquela paixão em que você vê que não há um bom futuro longe da pessoa amada.
Me lembrei agora de uma frase que um certo amigo meu sempre costuma dizer: “- Aprecio muito as coisas simples da vida”, e ele não sabe (ou sabe) o quanto está certo em dizer isso. Do que adianta se preocupar tanto com o que vou construir na Terra se nem sei como construir quem de fato sou? E tenha certeza que são através daqueles pequenos momentos importantes em nossa vida que descobrimos grandes sentidos pessoas e existenciais...

Bem, retomando ao filme e me prendendo a fatores mais técnicos, posso dizer que a direção, o script e a química que acontece com os atores e com o espectador do filme são impecáveis. O diretor consegue dar a devida importância aos personagens, fazendo-os únicos no filme todo. A relação intima em que Celine e Jesse tem um com o outro e o envolvimento de ambos com o cenário extremamente propicio a um romance, faz com que o espectador se sinta de fato alí, junto a eles, e segurando a tão desagradável “vela” de um encontro.

Na cena da despedida dos dois, posso dizer que senti um certo “vazio”, o fato de saber que a pessoa que te completa está tomando um rumo completamente diferente do seu, e que possivelmente você nunca mais se sentirá tão feliz outra vez é estranho, bastante estranho.

Antes do Amanhecer com certeza é uma história de amor indispensável. Um clássico, eu diria. Por mais que você pense “- Que bobo. Que coisa melosa”, quem nunca se sentiu sensibilizado com uma outra pessoa, com um verdadeiro amor, que jogue a primeira pedra.

Referência:
LINKLATER, Richard. Antes do Amanhecer (Before Sunrise). Romance. EUA: Columbia Pictures Corporation / Castle Rock Entertainment, 1995, DVD, 105 minutos, colorido.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Bonequinha de Luxo (Clássico/Drama)

À primeira vista, Bonequinha de Luxo (Breakfast at Tiffany’s) pode aparentar, aos desavisados, apenas um filme que trata de glamour e bom-gosto, mas não. Claro que assistir a essa obra e não notar toda a elegância que Audrey Hepburn empresta a sua personagem, é algo inevitável.

Considero Bonequinha de Luxo um dos melhores filme já feitos pelo homem. O filme é dono de uma sutileza inconfundível, que mostra perfeitamente todo o charme exalante na antiga Hollywood dos anos 60. Com uma ótima produção, excelentes atuações, uma trilha sonora bastante agradável e com uma direção que conseguiu atingir a perfeição, e transformar esse filme em uma obra inesquecível à quem assiste.

O filme trata de um romance urbano, onde conta a história de Holly Golightly (Audrey Hepburn) e Paul Varjak/Fred (George Peppard). Holly é uma garota que sai do interior e parte para a cidade de Nova York em busca de pertencer a alta sociedade nova-iorquina, ter um marido rico, uma vida confortável e jóias da Tiffany’s, porém, ao chegar na cidade, Holly acaba se tornando informante de um poderoso chefão da máfia, e se torna acompanhante (garota de programa) de alguns dos homens mais influentes de N.Y., para poder pagar suas contas e com a esperança de conhecer alguém que a inclua na sociedade.
Um certo dia, Holly conhece seu novo vizinho, o escritor Paul Varjak - o qual ela apelida carinhosamente de Fred. Paul se encontra nas mesmas circunstâncias de Holly, ele é amante de uma mulher casada e bastante rica, e é sustentado por ela. Os dois desenvolvem uma forte amizade, e logo nascem laços amorosos entre os dois, no entanto, Holly não quer se envolver, já que por ele ser pobre não teria nada a oferecê-la. Porém, entre várias catástrofes que acontecem na vida de Holly, e muito de seus planos não dão certo, Paul larga sua vida estável em busca de quem realmente ama, em busca do verdadeiro sentido de sua vida. Alguns fatores contribuem para que o casal não fique junto, mas no final tudo se resolve, ambos largam o materialismo e a vida fácil, para construírem juntos os seus sonhos.
Blake Edwards, o diretor, consegue suavizar e romantizar toda uma situação caótica que é bastante presente na nossa sociedade, não somente na dec. de 60 mas hoje em dia também, que é o oportunismo e a prostituição. Em momento algum do filme deixa no ar a vulgaridade e a ideia de que os personagens se utilizam de atividades volúpias para sobreviver.
Também ressalto no filme a trilha sonora, em especial a música Moon River - uma música suave, única e romântica - que rendeu dois Oscars ao filme.

Segue abaixo, um vídeo com o trailer do filme.


Referência:
EDWARDS, Blake. Bonequinha de Luxo (Breakfast at Tiffany’s). Clássico/Drama/Romance. EUA: Paramount Pictures, longa-metragem, 1961, 115 minutos, colorido.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Uma Breve Apresentação!

Primeiramente, prazer, me chamo Stênio de Silva. Sou estudante de Publicidade & Propaganda, e tenho o cinema na minha vida não como um certo clichê que muitos insistem em chamar de hobby, para mim o cinema tem um significado muito maior que apenas o prazer de assistir a um filme e consecutivamente rir, chorar, assustar-se, sentir indignação, identificar-se, etc. O cinema tem o poder de arquivar, por meio de histórias, todas as características de cada época em que o filme é produzido, características essas que revelam desde seus momentos históricos, seus conflitos sociais, suas evoluções tecnológicas, suas culturas populares (música, literatura, moda, arte, tendências em uma forma geral), e passadas com diferentes linguagens, linguagens essas que variam de uma visão de um diretor para o outro, de um país para o outro, de uma época para a outra. Cada qual tem uma maneira especifica de fazer um filme: trabalhando diferentes ângulos das imagens, lapidando o roteiro e passando-o como ele (diretor) o vê, trabalhando as emoções como lhe convêm.

A proposta inicial do blog 07° Arte é trazer obras do cinema - de vários gêneros, de varias épocas e de vários países - e avalia-los, dando mais preferência àqueles filmes que são pouco divulgados, que por uma lástima são esquecidos nas prateleiras das video-locadoras.
Desde já, aviso que toda indicação é bem-vinda. Sendo assim, aproveite e sinta-se no seu profile :D
Abraços, Stênio de Silva.