quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

A música de hoje: o futuro de amanhã.

Estava eu, hoje, fazendo uma simbólica limpeza no meu quarto. Após varrer, e tirar o pó da escrivaninha, estantes, livros e brinquedos (sim, essa é uma parte da minha infância que ainda resiste), eu chego finalmente nas divisórias dos CDs. Enquanto limpava, eu tive um certo lapso nostálgico: fiquei vendo - e até ouvindo - alguns álbuns que eu costumava escutar quando tinha 9, 10, 12, (…) anos.

Bem, quando eu era criança, lembro que se tocava muita porcaria. Muita mesmo. Mas nada comparado com hoje. É incrível como o propósito da música mudou tanto dos anos 70 pra cá (não que eu tenha nascido nessa época).

Nos anos 70 e 80, a música não era apenas um mero comercio. Era muito mais que isso. Eram idéias. Eram protestos. Eram motivações para dias melhores. Eram propósitos. Hoje, a tal banalização do sexo e o ato de propagar besteiras nas letras, fizeram a música (uma parte dela) perder um dos seus principais valores: o valor histórico.

Agora vamos fazer uma certa comparação. Hoje as pessoas têm objetivos e sonhos meramente medíocres. Sonhos que não passam de: ter uma casa, um carro, fazer uma viagem para tal país e ter uma vida confortável (onde eu quero chegar com tudo isso? Calma, tem um propósito, juro).

Não que isso não seja importante, pelo contrario. Porém a vida é tão curta. Antes de nossa existência ( decada um de nós, em particular) não havia nada, e depois que morrermos só Deus sabe o que virá. Então, esse espaço de tempo que ficamos na Terra é muito passageiro, e é apenas isso que queremos: uma casa, um carro, uma viagem, etc? É apenas isso que você pretende ter construído? Ter deixado? É só isso que sua vida merece?

Vamos, faça um pequeno exercício: feche os olhos e tente se lembrar de todos os valores e princípios que regem a sua vida. Certamente, dentro deles estão contidos os seus reais sonhos.

Não importa qual idade você tenha hoje, mas não deixe que seu futuro seja construído apenas com sonhos miseráveis.

Queira mais para si (como pessoa, como espírito e não como mais um consumidor na nossa sociedade). Não queira que a sua história seja tão vazia quanto as letras das músicas do século XXI.


As boas lembranças, por menores que sejam, resistem muito mais tempo do que as cansadas paredes de uma luxuosa mansão.”
(S. de Silva)

Um comentário:

Anônimo disse...

Criativo deeeeeemaais! Adorei esse seu post.
Mexeu comigo também.
É bomq ue toda sociedade pense assim, né? Mais quando? Parece que tudo só piora cada dia mais. Você percebe pelas músicas desse século, como você disse.
E os sonhos, objetivos das pessoas vem apenas pro lado material, pra ganância. E o que elas levarão pro futuro? Sim, uma mansão seria uma ótima. Mais se não souber se administrar perde tudo.
Crescemos escutando a nossa vó ou nossos pais dizendo: "Meu filho, seja alguma coisa na vida." E dizem isso porque querem que sejamos felizes, com dinheiro. SIm, porque dinheiro trás felicidade. Assuma! Só saber administrar. Mais enfim, AMEI O SEU TEXTO!!! PARABÉNS!