quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Maturidade: o futuro de amanhã.

Eu estava assistindo televisão e passou uma entrevista com o diretor do novo filme da Disney (Um Faz de Contas que Acontece). Então, durante a entrevista o diretor é abordado pelo repórter com a seguinte pergunta: até a onde pode chegar a imaginação de uma criança? Claro que o diretor respondeu a pergunta, e eu deveria ter prestado atenção - já que estava vendo o programa. Mas a tal pergunta me intrigou muito. Foi aí que perdi o resto do meu tempo pensando sobre aquilo.

Pois bem, você saberia me dizer o que é ser uma criança? Agora claro, não vale me dizer que é um projeto de pessoa pequena, que frequenta o ensino infantil e médio; que não se cansa de perguntar ‘porques’; que chora quando quer algo; que não gosta de comer verdura e que inventa regrinhas para aprender as tabuadas. Não, isso não vale. Não é o que quero escutar.

Outros me responderiam que a criança de hoje obviamente é o futuro que amanhã. E nós (eu e você), o que somos? Seguindo essa lógica eu presumo que somos o futuro de ontem, não estou certo? E então… sendo nós o futuro, ou melhor… o hoje, eu te pergunto: com a maturidade, você teve mais ganhos ou perdas?

Voltando aquela pergunta que o reporter fez e que tanto me intrigou. Eu particularmente acho que a imaginação de uma criança seja infinita, admiro bastante. Não apenas sua imaginação, mas seu comportamento infantil como geral. As crianças brigam umas com as outras por ‘besteira’, mas logo em seguida voltam a se falar por causa da partida de queimada. As diferenças acabam quando a felicidade de uma brincadeira fala mais alto. Durante essa mesma brincadeira, alguma criança (ou até todas) vai levar uma queda, ela não vai ter vergonha de chorar, e logo em seguida vai se levantar, fazendo de conta que nada aconteceu e voltar ao seu jogo.

Essas crianças crescem, e viram pessoas diferentes, como eu e você. Mas uma coisa não muda: a cobrança pela maturidade. O tempo todo ouvimos “você precisa encarar tudo com mais maturidade”, “você é infantil demais, vê se cresce”, “quando você vai agir de acordo com a sua idade?”, etc. E eu me pergunto: o que é ser ‘maduro’?

Ser maduro é deixar de falar com um amigo apenas porquê vocês tiveram uma discursão besta por futebol, politica ou religião? Ser maduro é ter vergonha de admitir um erro. E pior, não tentar conserta-lo ou muda-lo pelo medo de errar novamente, pois o seu orgulho, ele sim, é algo mais valioso, que merece mais atenção e destaque. Isso é ser maduro? De fato, é uma coisa muito boa (sim, estou sendo sarcástico).

Aquela criança que você era a alguns anos atrás tem tantas qualidades quanto a pessoa que você é hoje. Porque subtrair? Porque apagar algumas coisas em nome da maturidade? O que custa ser aquela pessoa esperançosa, criativa, sorridente, carismática, bem humorada, brincalhona, comunicativa e ‘sem vergonha’ que você era até pouco tempo só por causa de uma palavrinha: maturidade, porque?

Será que vale mesmo a pena? Será que não se tem um preço muito alto a pagar apenas para ser o que os outros te cobram? Permita-se ser outra fase da sua vida. Mas não permita que o futuro de amanhã, seja o mesmo erro que se comete hoje.


- Para B. Lima. Uma criança muito grande.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Pessoas


Essa noite fui ao apartamento de uma amiga. Sentamos na varanda em pleno 6° andar e em um certo momento ela foi atender um telefonema - bastante demorado por sinal. Nesse tempo eu fiquei alí, parado na varanda, aproveitando aquele ventinho frio. Foi então que parei para reparar em todas aquelas luzes acesas nas casa e apartamentos espalhados pelo horizonte. Fiquei um tanto impressionado com aquela cena - que no geral sempre nos passa batida, como muitas outras coisas.

Só de imaginar que dentro de cada cubículo brilhoso daquele, tinha dentro uma pessoa ou mais. Cada pessoa dessa com uma fabulosa história de vida; com seus erros, seus acertos, suas perdas, suas ganhas. Que cada pessoa era representante de uma cultura e de uma particularidade diferente; negros, brancos, japoneses, paulistanos, americanos, natalenses, mulheres, crianças, homens, idosos. Acho interessante saber que ao nosso lado, está alguém tão diferente ou tão parecido com a gente. Que existem aqueles personagens da vida real. Aqueles que se permitem encenar todos os papeis em sua vida: hora são mocinhos, hora vilões; com suas histórias tristes ou alegres; fazendo figuração em alguns momentos; participando de monólogos quando estão olhando no espelho e fazendo aquilo que deu vontade: cantar uma música, ensaiar uma bronca, reclamar do corpo que não tá legal, ditar em voz alta os compromissos do dia pra memorizar, etc.

Pessoas passam por nós todos os dias, em todas as horas. Pessoas entram e saem de nossas vidas, todos os anos. Seja por qual motivo for. E pessoas são sempre julgadas sem mesmo serem conhecidas. Então, da próxima vez, antes de julgar alguém pela aparência, conheça-a primeiro. Você não sabe que história ela tem pra te contar, e muito menos a história que vocês poderão contruir juntos.

Esse pots é pra você. Que assim como eu, tem histórias para contar. Sejam elas boas, ruins, tristes, alegres. Histórias são construídas por pessoas. E as pessoas constroem aquilo que há de mais belo: a vida.

P.S.: imagem: tela - Os Operários (1931); de Tarsila do Amaral.

sábado, 17 de janeiro de 2009

L I B E R D A D E.

Nessa última sexta-feira eu estive conversando com um amigo, até que chegamos em um determinado assunto, e ele me aborda com tal pergunta: quais são seus maiores pecados? Na minha resposta se encontravam os quesitos mais patéticos que se pode imaginar, foi então que logo em seguida fiz a mesma pergunta a ele. E depois de ouvir suas respostas, eu senti uma certa inveja. Uma inveja de sua coragem, de sua liberdade com a vida.

Foi então que parei para pensar no que é ser “livre” nos dias atuais. E cheguei a conclusão que o que se mais ouve é: morar sozinho em sua casa própria, ter um emprego fixo com uma ótima remuneração, não trabalhar para ninguém e talvez permitir-se não assumir relacionamentos amorosos para poder conhecer o maior número possível de pessoas.

E é isso. É apenas isso. Fim! Mas… porque fim? Essa própria imagem que se tem hoje da liberdade é limitada. Restrita. Uma vida comum. Uma vida igual a de tantos outros.

Ontem me caiu a ficha de que a tão preciosa ‘liberdade’ não é algo já pronto. Algo determinado. Ela é particular. É pessoal. É singular. Me entende? As suas barreiras a serem quebradas devem nascer de você, não da sociedade.

Sim, dinheiro é bom. Precisa-se dele para viver. Mas não é apenas ele que vai te libertar de seus conflitos pessoais. Não vai ser unicamente ele que irá libertar seu espírito. Busque algo maior para você. E não o comum. Não para exibir aos outros. Mas busque algo que liberte o mais rápido possível uma felicidade completa para sua vida.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Simplicidade.

Essa é uma daquelas palavras que soam bem aos ouvidos. Que fazem o mundo parecer um lugar bem melhor. Que nos fazem tomar um fôlego e pensar em alguém que nos transmite algo bom, algo sutil, algo claro, algo delicado. Algo simplesmente… simples.

A tal da simplicidade sempre foi um ítem muito presente na etiqueta. Mas não é isso que se vê muito hoje. O mundo está repleto de barulho; de cores exageradamente fortes; de palavras e conversas complicadas demais; de tentativas absurdas para ser ouvido, lido, assistido. Comentado!

Se repararmos, é disso que o mundo precisa para se tornar um ambiente melhor. Precisa de uma simples palavra. De um simples gesto. De uma simples conversa. De um simples abraço. De alguns sentimentos simples: amor, compaixão, solidariedade, humildade. Apenas de uma simplicidade maior na alma de cada um de nós.

E essa é só mais uma simples reflexão :)

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Deixe os Outros Escutarem.

Existe um certo comentário de que a música une todos, independente de seu idioma. A música é justamente universal por se tratar de sentimentos, e é disso que ela é feita. Seja ela triste ou alegre. Não importa o que te deixa feliz, mas a sua sensação de felicidade é exatamente a mesma que os outros sentem - isso é bem bonito, né? x)

Enfim, como o tema de hoje é “união e música”, quero denunciar um pequeno acessório que cada vez mais tem contribuído para o isolamento: o fone de ouvido (mas como assim, Stênio? Tá doido?). Esse pequeno e “inofensivo” utensílio bastante usado - principalmente pelos adolescentes, acompanhados de seus MP3, iPods e afins.

Para que você entenda melhor, vamos visualizar tal situação: uma viagem de família. Dentro do carro vão: você, seu pai, sua mãe e talvez um irmão/uma irmã. E tanto você como eu, sabemos que hoje um contato mais íntimo com sua família é cada vez mais raro (devido ao tempo curto). E então, naquele momento, em eu estão todos juntos, com destino à ótimas horas de lazer, acompanhados de um cenário perfeito (perfeito justamente por não estar na sua rotina) e você decide quebrar todo o clima familiar cometendo o ato egoísta de pôr os malditos fones de ouvido e se fechar no seu mundo de música POP, Rock, Pagode, MPB, Folk ou seja lá o que você gosta de ouvir.

O fato é que, existe hora pra tudo, para se unir e para se recolher, e num caso como esse, se recolher não seria o melhor. Aquele seria um ótimo momento para trocar “informações”, para seus pais saberem o que você escuta, o que você gosta. Para te conhecerem. E se seu carro não tem CD-Player, isso também não é desculpa para se recolher. Aproveite o momento para conversar mais. Para ter uma relação melhor com aqueles que te amam do jeito que você é, independente da situação.

Então, por hoje, experimente não se isolar do mundo com seus fones, mas sim compartilhar com os outros as emoções que suas músicas favoritas te causam. E se por a caso alguém não gostar, sem problemas, porque há sempre uma faixa seguinte para ser escutada.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Decisões de Ano Novo.

É… ontem foi aquele dia da Festa. Reveillon sempre desperta muito ânimo e expectativa nas pessoas, assim como o Natal, mas o “espírito” dos dois são bem distintos. Enfim, ontem ainda era 2OO8, você comeu, bebeu, dançou, gritou, abraçou, sorriu, pulou onda, fez ligações, blablablá; se divertiu. Mas já passou. Acabou 2OO8, e agora é um novo ano, um novo começo.

E hoje, nessa quinta-feira, 1 de Janeiro de 2OO9, onde provavelmente você está de férias ou de folga na sua casa, que tal pensar um pouco melhor sobre o que vai ser esse ano pra você. O que você quer para você e pro mundo. O que você deve melhorar. O que você deve aproveitar. O que você deve experimentar, descobrir. Há muita coisa para ser feita e 365 dias à sua disposição, basta ter foco e força de vontade. Então eu proponho que comece o ano com uma pequena lista de nove ítens de Decisões de Ano Novo. Pode ser qualquer coisa, qualquer coisa mesmo, desde que tenha significado pra você.

Pois bem, enquanto você pensa na sua lista, vou pôr aqui a minha.
01. Ter mais compromisso com os estudos;
02. Largar o vício dos refrigerantes e frituras;
03. Ser mais audacioso e menos tímido (juro que tento);
04. Ler quatro livros que deixei a leitura pela metade;
05. Lembrar dos aniversários dos outros (rs);
06. Não ter preguiça de escrever no blog;
07. Fazer uma viajem (não importa pra onde);
08. Não deixar trabalhos para a última hora;
09. Dar andamento ao meu projeto pessoal.

Se as decisões são possíveis de acontecer, todas elas, basta crer na sua fé e de sua força de vontade. E por mais que no final algo não aconteça, saiba que você tentou. E as vezes também, nem tudo que a gente quer é o que a gente merece ou precisa. Mas lutar pelo o que se quer e acreditar em si nunca é demais.