sábado, 29 de novembro de 2008

Como se pode amar assim…? Como?

Como se pode amar alguém que te trata como um ser humano perfeito? Sem lhe permitir ter anseios, sentimentos de culpa. Perda.

Sem estar preparado para aquele momento repentino de algumas risadas frenéticas. Sem o menor motivo. Ou com motivo: o de apenas não ter medo. Não ter medo de se descobrir feliz do jeito que é.

Sem permitir brigas, desequilíbrios, fugas, mágoas. Desculpas. Voltas. Repetições, surpresas. Sem permitir ser diferente. Único. Sem permitir ter defeitos, manias. Sem se permitir amar aquilo que não conhecia. Ou não gostava. Ou simplesmente achava mais prático evitar.

Como se pode amar alguém que te trata como uma pessoa normal? Sem se deixar surpreender a cada dia. Descobrir-se. Renovar o amor. Encontrar pontos novos.

Sem estar pronto para descobrir aquela pessoa que está escondida em seu âmago. Aquela pessoa especial demais para que todos a conheçam.

Como se pode amar alguém que não entende seus sentimentos com apenas um olhar?
Como? Como?… COMO?

Como se pode amar alguém que te vê sendo apenas mais um no mundo? Sem diferenças; sem exclusividades; sem particularidades.

Como se pode amar assim…? Como?

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Vestibular: uma prova de amizade.

Exatamente ontem, acabou uma verdadeira maratona - o vestibular da UFRN. Uma maratona que durou três longos, ansiosos e tensos dias. Mas se engana quem pensa que o vestibular começa no domingo e acaba na terça-feira. Para mim o vestibular começa quando se tem a notícia que é um aluno está no pré ou quando temos o primeiro dia de aula num curso preparatório, e só acaba quando a euforia de um resultado negativo ou positivo passa…

Para mim, esse vestibular foi diferente. Mais significativo. Deixando de lado toda a questão de “lutar por uma vaga na federal e vencer na vida”, mas quero destacar hoje um outro lado do vestibular: a união. Alguns podem pensar que isso não exista, pois estamos todos lá cercados de concorrentes. Eles expõem suas camisetas de cursinhos de nome, posando caras cheias de confiança (quando na verdade, a sensação de borboletas no estômago ainda persiste) e inventando números absurdos para intimidar quem está ouvindo de curioso. Mas acredite, há união sim!

Sempre tive medo de vestibular. Não das provas, mas do ambiente. Mas esse ano me senti mais seguro, tive companhias e momentos que certamente ficarão registrados (seja qual for o resultado que a UFRN irá me dar).

Quando você se sente nervoso e olha para o seu lado direito, vê aquele sorriso amigo, uma mão segurando a sua e aquelas simples (e clichês) palavras que parecem perfeitas para o momento: “- Calma. Vai dar tudo certo”, e você tem a certeza que nunca está só. Que há alguém que torce e acredita em você, até mais do você mesmo. E isso, certamente, é muito bom. É único. É verdadeiro.

As conversas no caminho, as risadas, os comentários sobre as questões, as ligações durante à tarde e a noite, os planos pós-vestibular. Tudo foi bastante agradável. Me senti mais calmo. Mais confiante.

E então... viva as nossas amizades. Porquê sem elas ninguém consegue se fortalecer a cada dia.

Lívia, obrigado por tudo. Te amo, você sabe disso!

sábado, 22 de novembro de 2008

Poupe-me de tais clichês.


Era uma vez… / Olá, tudo bom? / Não é possível, isso só acontece comigo! / Bom dia (do tipo “forçado”). / Aaaff, preciso perder 10kg. / Ninguém me ama, ninguém me quer. / Eu te ligo amanhã, combinando? Prometo! / Se ele é bonito? Sim, sim. É bastante simpático sim. / Eu te amo. / Eu nunca vou conseguir. / Put@ que pari*. / A gente marcar qualquer dia desses, certo? / Hoje você está tão linda. Me perdoa? / Pelo amor de Deus. / Até ela tem namorado e eu não? / Eita Porr@ / Não vamos perder o contato. / Não conheço, mas já ouvi falar. / E então, viveram felizes para sempre. / Fim.


Tente passar um dia inteiro sendo apenas você. Sem ouvir ou dizer: mentiras, absurdos, clichês. E então, tudo parecerá mais suportável. Mais leve. Aturavel. E ao se olhar, poder se reconhecer.

Tenha um excelente dia.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Doidas & Santas (Livro) - Martha Medeiros

Quarta-feira passada (12/11) estava sentindo uma necessidade imensa de ler alguma coisa. Mas não era qualquer coisa, eu queria um livro.

[em off]:
Há quem prefira baixar e-books. Eles tem o mesmo conteúdo e não custam nada. Porém, nesse ponto eu sou careta. Só gosto de textos em matéria física palpável. Livros. O prazer de folhear as páginas, o cheiro de tinta fresca impressa, o contato físico entre eu e o livro… me proporciona uma química excepcional, se tornando muito mais real do que a ficção ilusória lá para me seduzir. Ainda prezo e aprecio muito esse meu pequeno prazer.

Enfim, quando estava na livraria Potty Livros (acho o ambiente propicio para boas escolhas) garimpando algo para ler (após 01h13min. e incomodar muito a lojista), achei exatamente aquilo que eu estava querendo.

Para falar a verdade, o que chamou a minha atenção foi a capa do livro (onde tem uma pin-up. Gosto muito delas) e seu respectivo título (Doidas e Santas).

A principio, fiquei um pouco receoso de não gostar do livro. Mas não foi o que aconteceu. Ela superou minhas expectativas, e se tornou no melhor dos nove (09) livros que li nesse ano (e ainda pretendo ler mais dois até o fim de dezembro).

Doidas e Santas, de Martha Medeiros, é um livro com uma junção de várias crônicas que ela escrevia para uma coluna em um jornal paulista. Crônicas essas que abordam temas variados. Textos curtos. Palavras reflexivas e uma linguagem única de escrever (transformando a leitura muito prazerosa). Suas analises inteligentes sobre assuntos considerados banais fazem do livro uma experiência bastante agradável.

Esse é um livro mais que recomendado para fazer companhia à sua cabeceira. Ele te dará o prazer de extrair o melhor dos pensamentos, nos momentos antes de se desligar do mundo e sonhar.


A cima, tem um dos textos (scaniado) que mais gosto do livro. Para lê-lo basta clicar na imagem que ela aparecerá em tamanho real. Aproveite.

Novos Assuntos. Nova Roupagem.

Escrever tais criticas sobre cinema estava me agradando, mas eu vi que essa limitação apenas aos filmes não estavam me satisfazendo tanto. Comecei a sentir necessidade de escrever sobre outras coisas. Assuntos variados. Misturar. Não comentar apenas um ou dois assuntos, mas sim todas as coisas que são possíveis de se descrever. Por isso mudei o endereço e o “título” do blog. Para se tornar algo mais “pessoal” e abrangente.

Continuarei aqui a falar sobre filmes, mas também sobre músicas que estou ouvindo (ou que esteja se ouvindo muito mundo à fora); livros que li; casos consideráveis como bestas, ou não, do dia-a-dia; sensacionalismos da mídia – futilidades das celebridades (porquê não?); etc. Ou seja, o assunto que eu achar pertinente.

No mais, é isso. Aguarde as próximas postagens e opine sobre o que quiser, se quiser.

Abraços, Stênio de Silva.

sábado, 8 de novembro de 2008

Tudo Acontece em Elizabethown (Romance)

Você já se sentiu fracassado alguma vez na sua vida? Fez alguma besteira muito grande – preste bem atenção, eu digo muito grande – no trabalho, na faculdade, na escola? E ainda por cima recebeu aquele pé na bunda da pessoa que amava? Provavelmente não, né? Mas alguma dessas duas já, ou até mesmo as duas, porém não no mesmo dia. Bem, agora você deve estar pensando: “E o que isso tem haver com a resenha?”, pois eu te digo: É assim que ‘Tudo Acontece em Elizabethown” começa.

Um rapaz consegue se tornar bem-sucedido muito jovem. Porém, seu novo projeto (que havia custado milhões) numa indústria de tênis foi um tremendo fracasso e levou a indústria ao prejuízo. E dentro desse nosso mundo competitivo, fracassar é algo inaceitável, sendo assim, Drew Baylor (Orlando Bloom) decidi cometer suicido, mas durante tal ato, ele é interrompido por um telefonema de sua irmã dizendo a ele que seu pai faleceu e que ele deve ir à Elizabethtow buscar o corpo do pai. Durante a viagem, ele conhece Claire Colburn (Kirsten Dunst), que o consegue fazer esquecer das regras medíocres e egoístas de nossa sociedade, transformando isso num interessante romance.

Elizabethtow é um bom filme, mas poderia ter sido bem melhor, se não fosse por ser um tanto cansativo de se assistir – não sei se achei isso por vê-lo sozinho – e pelo filme tem um elenco muito ruim, começando pelo Orlando Bloom, que causa tédio durante todo o filme, principalmente na hora que ele iria cometer suicídio, ele encenava como se aquilo que ele iria fazer pudesse concertar em 5 min.
Agora quem me surpreendeu foi a Kirsten Dusnt. Apesar daquela sua cara morbida e inexpressiva que costuma pôr nos filmes e de seus dois dentes de vampiro, ela conseguiu emprestar a sua personagem alguns sorrisos e algumas expressões convincentes. Já assisti todos os seus filmes, e posso dizer que apenas nesse e em “Maria Antonieta” foi que ela teve uma atuação respeitável.

Mas como eu havia dito antes, se é que você se lembra, o filme não é ruim. Seu roteiro é muito bom – apesar to fato de não haver nenhum conflito no filme, o que faz todo mundo ser bonzinho no filme e ter um final um tanto… previsível – e contém cenas fantásticas. Citarei dois exemplos, as cenas que mais gosto no filme. Uma é quando Drew e Claire passam horas no telefone, conversam sobre tudo, sem ao menos se conhecerem direito, mas aquela sensação e intimidade e de afeto faz a pessoa ver o quanto uma coisa simples como conversa agradável com a pessoa certa é tão bom, a liberdade que se tem para falar o que quer sem ser julgado ou ser colocado a provas que geralmente somos colocados no dia-a-dia.
Outra cena que gosto muito, é o momento que Drew pega o carro e vai fazer uma pequena viagem por aí à fora com as cinzas do seu pai, acompanhado de um CD com músicas incríveis, um cenário perfeito e de anotações feitas pela Claire de lugares para se visitar.

Ah, já ia me esquecendo. Por falar em “acompanhado de um CD com músicas incríveis”, deve ressaltar que o filme também é salvo por uma trilha sonora impecável. Com alguns belíssimos clássicos do Rock ‘n’ Roll e do Folk americano.
No mais, assista “Tudo Acontece em Elizabethtown”. Tem uma bela história reflexiva e cenas muito boas, que nos inspiram a fazer o mesmo.