Passam-se os anos, mudam as gerações, mas uma coisa continua a mesma: o fascínio de uma criança por um super-herói. Isso aconteceu com nossos pais, aconteceu com a gente e acontece com aquela criança que está na nossa vida - seja por qual motivo for. Não dá para imaginar uma infância sem aquela figura de que “tudo se pode” para fazer do mundo um lugar melhor.
Certamente esse é aquele tipo de assunto que sempre rende histórias engraçadas, tanto pra mim quanto pra você, e que sempre está incluído aquela capa vermelha (improvisada) do Super-homem, os braceletes (artesanais) da Mulher Maravilha, a máscara (de plástico) do Batman ou da Mulher Gato. Mas também tem sempre aqueles desejos de ter um poder de voar, ser invisível, ser veloz, etc. Lembro-me que quando tinha 6 anos, eu havia encucado que poderia ultrapassar tijolos e voar. Claro que não consegui e isso acabou me rendendo uma cicatriz no braço e uma história pra contar.
O fato é que: quando somos pequenos achamos que podemos tudo, que tudo é permitido e que não há limites. Queremos abraçar o mundo de uma só vez, queremos sentir o poder de proteger o próximo. E eis que crescemos, e vemos que na vida sempre há limites, mas não é por isso que deixamos de ser heróis. Podemos curar doenças; salvar vidas; proteger o meio ambiente; ensinar os outros aquilo que sabemos; passar adiante valores morais; dar um lar, comida e amor a quem não tem. Somos super-heróis porque protegemos, porque cuidamos. Porque todos os dias fazemos uma pessoa acreditar na esperança, acreditar na vida.
Eu cresci e sei que não consegui os tais super-poderes que tanto queria quando era criança. Mas hoje eu consegui ser amigo de um legítimo Super-Homem, e esse texto eu dedico a ele.